Vamos falar de Amor?

03-08-2018

Se houver um sentimento que nos faz mesmo bem à Saúde, e de que todos gostamos tanto de falar, e Sentir, é o Amor!

Mas, a verdade é que é o Amor tem-nos trazido, a muitos, alguma, senão muita, dor. Mas porquê?

Porque pomos a responsabilidade da relação no outro, e não olhamos para nós, para o nosso bem-estar e o Amor que temos para nós próprios, primeiro? Entramos numa relação porque o Amor é mútuo e sincero ou por carência, por falta de auto-estima e melhor uma companhia do que nada?

Só que não há ninguém mais importante do que tu, na terra. E, se tu não estiveres bem, a relação também não estará bem. Somos energia e atraímos o que sentimos, o que está dentro de nós, e se não estamos bem interiormente, iremos atrair alguém que também não esteja bem e duas pessoas que não andam bem, será que criam relações saudáveis? Quando estamos bem connosco próprios, sem sentimentos de culpa, de falta de reconhecimento, de responsabilidade pela felicidade do outro, sentimentos de abandono, rejeição...), então poderíamos pensar em entrar numa relação? Assim deveria ser, não é?

Mas, por norma é o contrário que acontece, procuramos alguém para preencher o nosso vazio emocional, criado na infância. E a verdade é que, a longo prazo, iremos ter outras complicações, pois ninguém está à altura dessa capacidade. Se nem nós conseguimos essa proeza, quanto mais os outros! Além de que, querer ser amados por aquilo que não somos (pois estamos a esconder partes de nós para ficar bem na fotografia), só fará com que iremos atrair pessoas que também não são à nossa imagem, que serão vínculos, projeções, daquilo que precisamos preencher, e irão, por consequência, trazer-nos desilusão e a dor consequente. A dor de que não somos amados por aquilo que somos e que passa pelos sentimentos de rejeição, abandono, traição, injustiça ou humilhação (As cinco feridas - Lise Bourbeau).

Está o Amor que tens por Ti, em primeiro lugar? Ou dependes do Amor dos outros para te sentires amado(a)

Entras numa relação quando sentes que tens algo de maravilhoso para dar aquela pessoa (ainda que te tenhas que fazer algumas concessões, naturalmente) e que te permitas também receber algo? Ou entras pela carência ou vazio emocional? (O Receber também é muito difícil para algumas pessoas. Dão dão, mas não se permitem receber e quando a balança está muito desequilibrada pode surgir depressão ou outras doenças).

Requer algum trabalho de autoconhecimento, possivelmente alguma terapia, leituras (deixarei algumas preciosas mais em baixo), retiros, meditação, estar mais profundamente em contacto contigo e a natureza,...

Se, neste momento, estás numa relação e que as coisas não estão a correr como desejarias, repara também se o problema não é a falta ou má comunicação. Já dizia Maria Flávia de Monsaraz: "Quando rejeitamos comunicar, quando nos fechamos, quando viramos as costas a um problema de incomunicabilidade, estamos a criar insolidariedade, solidão e não estamos a ganhar consciência. A saída nunca é pela rejeição do outro mas pela compreensão de como gerir o conflito até conseguir aceitá-lo e assim religarmo-nos da maneira certa: unir e não separar."

Aqui também se pede algum processo de auto-conhecimento e também de perceber como é que o outro "funciona", a nível mais profundo. Sair de uma relação, sem resolver o que está dentro de nós só irá trazer outra semelhante, até percebermos que o problema também é nosso. As duas partes terão que fazer o seu processo interno e assim poder continuar a construir um futuro juntos. Uma relação pede constantemente renovação e, se cada um puxar para seu lado, sem trabalhar primeiro a sua parte interna, dificilmente evoluirá num sentido positivo.

Se estiveres só, aproveita para te conhecer e curar as "magoas" se ainda houver. A dois, além do nosso trabalho interno, perceber, aceitar, perdoar também o mecanismo interno da outra pessoa também é fundamental.

Leituras fundamentais ao meu ver e que recomendo:

- "Os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus" de John Gray e

- "As 5 linguagens do Amor" de Gary Chapman.

Tanto um como outro contêm exercícios práticos e são um excelente início para, não só nos auto-conhecer, como aceitarmos também as diferenças do outro. 

É evidente que estas leituras seriam mais valiosas e profundas em conjunto pois, afinal, trata-se de harmonizar a relação de um casal! Mas, se uma das partes já fizer esse primeiro passo, mudanças significativas farão sentir-se rápido e certamente. 

John Gray, no seu livro "Os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus", insista sobre o facto de que homens e mulheres são mesmo diferentes😅que têm necessidades diferentes, amam de formas diferentes, discutem de maneira diferente (o homem precisa estar só, já a mulher quer apoio e falar) e que, se não soubermos como o outro funciona, poderemos achar que somos incompatíveis, o que não é necessariamente verdade. É uma leitura mesmo recomendada, pois tira-nos um peso porque poderíamos achar que tínhamos um problema enquanto afinal é tudo normal 😅 Que os homens são mesmo de Marte e as mulheres de Vénus, não tenhamos dúvidas 😄

Já, no livro "As 5 linguagens do Amor", Gary Chapman informa-nos que expressamos o amor de formas diferentes. E a ideia é percebermos como o outro valoriza o amor e depois dar-lhe da maneira que ele entenda que o amamos. As linguagens são: palavras de apreço, tempo de qualidade, receber presentes, atos de servir e contacto físico. E, neste livro, cada linguagem é explicada, para que consigamos pô-la em prática, depois de descoberto como é que o outro se sente amado (também explicado).

Ainda, se gostarem mesmo de ler, poderiam completar com livros mais profundos como "O Amor Wabi-Sabi" de Arielle Ford, ou "como Amar as imperfeições do outro". Ou os livros de Oriah Moutain Dreamer, o Convite e a Dança. Existem em PDF, se estiverem esgotados!

Amarmo-nos é um processo contínuo e, se o casal quiser em conjunto caminhar na mesma direção, aceitando e respeitando-se a si próprio e ao outro, ao longo das diversas tempestades, serão gratificados pela bênção de ter conseguido viver um Amor profundo. Roma e Paiva não se fizeram num dia... é preciso dedicação diária também num relacionamento. A verdade é que, inúmeros casais, nem um minuto por dia dedicam ao bem-estar da sua relação amorosa. E depois gostariam que tudo se fizesse sozinho ou pior, que o outro seja inteiramente responsável por tal. Assim não funcionará da melhor forma e chegará, um dia, ao limite do insuportável.

As duas partes têm uma responsabilidade conjunta, para que o casal consiga caminhar lado a lado. Passando pelo nosso auto-conhecimento, em primeiro lugar para depois partilhar o que de melhor temos em nós com o outro; aceitando o outro como é, e apesar do que ele é pois, a grande verdade, é que ninguém é perfeito mas, desde que a integridade física, emocional ou mental não sejam atingidas, complementar-se-ão com simples ajustes 😉

Alerto sobre o facto que aceitar não é deixar-se espezinhar pelo outro, humilhar, ou faltar ao respeito. Aqui, aceitar é perceber que a relação tem que ter um término na maneira que está e que, se não der para melhorar, conseguir dizer não, pedindo a separação. Muitos livros e terapeutas ajudam nesse caminho, se tiver que ser esse. Não permitas que o medo, de seja o que for, destrua a maravilhosa pessoa que és e procura ajuda.

O Amor e Respeito, por nós próprios, estarão sempre em primeiro lugar. E esses sentimentos, nunca ninguém conseguirá tira-los de dentro de nós. Preenche-te mais com eles... Ao conectar-te contigo, a Natureza, a Vida, a Fonte Universal, facilitará o processo. 

Depois de preenchidos por dentro, conseguiremos transbordar esse Amor, e ganhar a capacidade para partilhar, doar, AMAR INCONDICIONALMENTE 😊


IsaAstrologia.Saúde.H
 
por Isabel Fonseca Costa  
 

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