Normose, a doença de ser normal!

01-08-2018

Procura o teu centro... Relaxa essa pressão em ter que ser como os outros, ou como os outros querem que sejas... 

A inadequação contigo próprio tem um preço demasiado alto para tomares esse risco. Sê tu, na alegria ou na tristeza, na compaixão ou na raiva, no Amor ou no ódio... Vive e sente quaisquer das tuas emoções. Dizem-nos que não podemos sentir raiva ou ódio, que temos que ser bem comportados e abafá-los. Que disparate! Eu digo que, pelo contrário, antes de conseguir qualquer cura, é saudável, senão primordial, tomar consciência que estes sentimentos existem, que estão dentro de nós, aceitá-los, tirá-los para fora e transmuta-los em algo construtivo.

Reter, seja o que for no nosso corpo, só irá trazer-nos, mais cedo ou mais tarde, problemas de saúde no corpo físico. Por isso, qual a lógica em ignorar ou abafar tais sentimentos, bons ou maus? Vive-los, sinta-los, grite-los, mas não os abafes, sobretudo por dar a parecer que és "normal".


Já, o Professor Hermógenes tinha escrito em "Normose" em 2007:

"Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar.

O sujeito 'normal' é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Bebe socialmente, está de bem com a vida, não pode parecer de forma alguma que está passando por algum problema.

Quem não se 'normaliza', quem não se encaixa nesses padrões, acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento.

A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas? Eles não existem!

Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha 'presença' através de modelos de comportamento amplamente divulgados.

Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar? Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta.

Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim, aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu 'normal' e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante.

O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu simpatizo cada vez mais com aqueles que lutam para remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.

Para mim são os verdadeiros normais, porque não conseguem colocar máscaras ou simular situações. Se parecem sofrer, é porque estão sofrendo. E se estão sorrindo, é porque a alma lhes é iluminada.

Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes."

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IsaAstrologia.Saúde.H
 
por Isabel Fonseca Costa  
 

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